Durante séculos e séculos as várias culturas de nosso planeta vem descrevendo outros mundos de existência relacionados ao nosso próprio mundo mas que são invisíveis aos nossos olhos. Estes são os mundos dos espíritos, dos anjos, dos devas, dos djinns, dos deuses e de tantos outros seres descritos pelos vários povos ao longo da história.
Estes são os mundos dos antepassados onde vivem os fantasmas dos seres humanos desencarnados. Estes são os mundos dos seres invisíveis que controlam a natureza e que guiam a humanidade. Estes são os mundos sutis imperceptíveis aos sentidos comuns do homem.
A existência dos mundos invisíveis vem sendo relatada e investigada por muitos séculos e estão presentes em todas as culturas. Várias são as formas com que eles são descritos e vários são os seres que nele habitam segundo cada mitologia ou cultura. Mas todas elas concordam na existência de outros planos naturais e de outras criaturas invisíveis que interagem com os seres humanos e que desempenham algum papel nos processos da vida na terra. Estes relatos antigos foram vistos como expressões em qualquer base factual pelas mentes mais racionais mas inúmeros indícios e pesquisas no nosso tempo tem mudado um pouco esta visão.
Os cientistas apontam a existência destes mundos paralelos ao nosso mas seus métodos ainda não lhes permite investigá-los de forma direta e concreta. Mas estudiosos mais abertos às possibilidades de investigação da natureza tem empreendido vários estudos científicos que vão muito mais além da mera comprovação matemática de tais mundos. Institutos de pesquisas parapsíquicas tem demonstrado a existência destes mundos e da capacidade humana de interagir com eles através de vários experimentos de laboratório. Várias experiências em contatar seres que habitam estes mundos invisíveis tem conseguido um considerável grau de êxito. Experiências por várias técnicas com contato entre pesquisadores e pessoas já falecidas demonstram que estas possuem uma existência real após suas mortes e que habitam um mundo natural diferente mas integrado ao nosso plano de existência. Este tipo de experiência de contato tem demonstrado que não apenas seres humanos desencarnados habitam estes mundos invisíveis mas também uma ampla gama de seres originários destes próprios planos de existência.Poderíamos discutir se estes seres correspondem aos anjos ou outros tipos de criaturas descritas pelas antigas mitologias ou a alguma outra classe de criaturas mas a sua existência é um fato. As pesquisas na área da projeção astral consciente tem demonstrado que o homem pode não somente contatar e interagir com os mundos invisíveis ou com seus habitantes como também é capaz de lançar sua consciência nestes mundos e experimentar de forma direta todos os seus processos naturais.
Estas investigações demonstraram que estes mundos invisíveis não são planos de existência independentes do nosso mas compõe uma extensão da nossa própria existência abrangendo leis naturais e situando-se em esferas de percepção que nossos modelos atuais não alcançam. A visão holística e o modelo holográfico para o estudo do universo proposto por alguns pensadores da física moderna apresentam uma possível visão da ciência para esta verdade tão antiga. Assim os mundos invisíveis não são propriamente outros planos existenciais distintos do nosso. É a nossa visão da existência como um todo que é parcial. Aquilo que consideramos o nosso plano de existência é, na verdade, apenas uma pequena parcela da existência como um todo. Toda a natureza se manifesta em um nível de realidade que vai muito além do que é captado pelos nossos sentidos comuns.
Como em toda a nossa interação com o mundo estamos acostumados a definir o ser humano por aquilo que percebemos de sua manifestação. Assim vemos seu corpo, seus hábitos, seus sentimentos, suas idéias e tudo aquilo que o caracteriza como indivíduo ou manifestação na natureza. Mas como a própria natureza se extende por mundos invisíveis além da nossa percepção também o homem possui uma existência invisível. As religiões falam em uma alma como uma manifestação invisível e de natureza espiritual do ser humano. Se estendermos nossa visão além das figuras religiosas perceberemos que há uma grande verdade nesta idéia. Os mundos espirituais eram a forma com que os antigos sábios descreviam esta extensão da existência apontada pela física moderna e que possui sua denominação específica em cada cultura ou corrente de pensamento. A extensão da existência humana por estes mundos invisíveis constitui a natureza ou expressão espiritual do ser humano, ou seja, sua alma.
As experiências com a projeção da consciência, popularmente chamada viagem astral, permitem transferir o foco de nossa consciência para as expressões invisíveis da natureza e do homem. O investigador, através das técnicas adequadas para a projeção da consciência, transfere o foco de sua percepção do corpo material para o seu corpo espiritual e assim pode perceber e interagir com os mundos invisíveis utilizando-se de um veículo de manifestação próprio destes mundos. As experiências nestas áreas tem demonstrado alguns fatos interessantes que podem nos ajudar a formar uma visão mais completa acerca dos mundos invisíveis da natureza. Este tipo de experimento demonstra que os mundos invisíveis se organizam em graus de manifestação que se comportam como planos distintos de existência. Não podemos dizer com certeza se estes graus constituem fronteiras verdadeiras que distinguem um mundo de outro. È provável que isso se deva mais à nossa limitação de perceção do que a uma distinção verdadeira entre planos de existência. De qualquer forma a experiência da projeção da consciência para estes mundos invisíveis traz ao estudante a sensação de mudança de níveis de realidade ou de comportamento das leis naturais. Há também uma certa organização lógica entre estes níveis o que comprova os modelos estabelecidos pelos antigos sábios demonstrando que os mundos espirituais se organizam em esferas de manifestação em compõe uma hierarquia organizada.
A leis naturais e a organização da existência com um todo são obviamente as mesmas desde a antiguidade até nossos dias e, pelo que os textos antigos demonstram, a suposta falta de tecnologia dos antigos cientistas não foi impecílio para que suas investigações sobre a natureza do homem e do universo alcançasse e até mesmo ultrapassassem as conquistas dos cientistas atuais nesta área. Todos os esforços dos pesquisadores e cientistas modernos rumo a investigação dos fenômenos e leis que ultrapassam a nossa percepção comum da natureza e do universo só tem demonstrado que estes conceitos já eram dominados e utilizados pelos vários sábios da antiguidade e que seu legado apresenta técnicas verdadeiras para a investigação da natureza em um nível muito mais amplo e, ainda assim, com o emprego de técnicas simples e diretas. Entre estas técnicas fúlgura a prática da magia e um conhecimento básico da constituição e organização dos mundos invisíveis é fundamental para a correta compreensão dos fundamentos e da prática da ciência mágica.
Estes mundos invisíveis representam o próprio processo da criação do universo. O Princípio Criador emanando e estabelecendo novos paradigmas naturais e existenciais gerou tudo o que existe de forma gradual. Neste processo vários mundos em diferentes estágios de constituição foram criados. Estes compõe uma verdadeira hierarquia existencial que separa a terra onde vivemos e o princípio criador do universo. Esta hierarquia de mundos possui sua hierarquia de princípios inteligentes ou de seres nativos. Nosso mundo está no ponto mais denso da criação e toda a hierarquia de seres dos mundos invisíveis incide sobre o nosso próprio mundo regendo cada elemento de nossa natureza por constituírem parte e princípio de emanação da mesma a partir do princípio criador.
Este modelo é descrito por todas as correntes filosóficas e religiões tradicionais cada uma utilizando uma terminologia própria mas todas referindo-se aos mesmos princípios. Estes mundos invisíveis foram chamados pelo cristianismo antigo de céus e estes seres que de certa forma controlam a nossa própria natureza física foram chamados anjos e sua composição hierárquica foi denominada hierarquia divina. O princípio criador é o ponto de onde emana toda a criação e é, consequentemente, a raiz da verdade e da essência de tudo o que existe. Este é verdadeiramente Deus sem qualquer forma criada por qualquer instituição religiosa. Como cada mundo com suas hierarquias de seres se alinham entre o nosso mundo físico visível e a raiz da criação temos ai uma escala de elevação que se reflete em uma hierarquia de poder sobre toda a criação visto que cada nível de realidade emanado se original de um nível de realidade anterior. Assim os seres que habitam os mundos mais próximos ao mundo físico visível, segundo as capacidades de percepção da nossa consciência, respondem aos seres que habitam os mundos mais elevados, ou mais próximos de Deus, o ponto central de origem da criação.
FONTE: Áurea Sapiência - redação Pan Veritrax
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